Este é o nosso tributo à Urmal – uma fábrica de mármore sediada em Sintra, e ao Pedro.

A Urmal começou a operar na década de 1940, e foi uma das primeiras empresas em Portugal a extrair e transformar pedras ornamentais para o sector da construção. Durante mais de 50 anos, foram também responsáveis pela introdução das pedras Portuguesas no mercado internacional.

A transformação de pedra ornamental é uma operação de peso em toda a linha! Pesada em recursos humanos e área fabril; a matéria prima é um material pesado; as máquinas de produção são grandes e ruidosas; e as ferramentas de produção são caras! A juntar a isto tudo,  temos ainda que considerar que a transformação da pedra é um trabalho lento, poeirento e cheio de imprevistos – por exemplo, nunca existem certezas absolutas sobre o interior de um bloco de pedra antes de o começarmos a serrar; e a pedra parte-se! O impacto ambiental na extração da pedra, do desperdício de produção (entulho) e do transporte da pedra pelo mundo fora, é também um assunto de peso.

Dito isto, à primeira vista a pedra dificilmente seria um material para a Ghome considerar no seu desenvolvimento de produto. No entanto, o facto de haverem pedras lindíssimas e de grande qualidade em Portugal, bem como empresas locais que as sabem trabalhar muito bem, levou-nos a fazer uma investigação mais profunda. O Pedro Urmal, um dos primos à frente da Urmal, fez toda a diferença neste processo. O Pedro ouviu sempre as nossas ideias com atenção, fornecendo informação e alternativas de produção que iam ao encontro do nosso critério de desenvolvimento de produto. Igualmente importante, foi a dedicação do Pedro, que foi instrumental para conseguir que uma fábrica com muito trabalho, e escalada para obras grandes de construção civil, conseguisse produzir objectos que cabem na palma de uma mão. Nós gostamos de pensar que ouvimos tudo o que o Pedro nos disse com toda a atenção e que fizemos bem o nosso trabalho de casa, mas a verdade é que sem o Pedro, produtos como as mesas Centro, a mesa Cafe, Tigela e Base nunca teriam visto a luz do dia.

Teria feito toda a diferença termos uma fotografia do Pedro a ilustrar esta história. Mas sempre que lhe pedimos uma, e pedimos muitas vezes, ele ria-se e dizia sempre a mesma coisa: “Sério?? Eu nao fico bem em fotografias! Mas eu envio uma por email, não se preocupem.” A troca de emails continua regularmente, mas estamos ainda a aguardar o envio da fotografia 🙂

Obrigado por tudo Pedro!